O que está a acontecer com o preço da eletricidade?

O que está a acontecer com o preço da eletricidade?

Provavelmente, já sentiu o impacto do aumento do preço da eletricidade, certo? Desde o início do ano, o preço por kWh em Portugal tem subido e alcançado novos recordes, obrigando as empresas a reorganizarem-se e as famílias a fazerem uma melhor gestão dos consumos do lar, como forma de poupar energia.

Mas, afinal, a que se deve este aumento do custo de eletricidade em Portugal? Quais os valores atuais? Como evoluirão os valores daqui para a frente? Neste artigo, explicamos-lhe de forma simples tudo o que precisa de saber.

Porque está o preço da eletricidade a aumentar?

Os valores que se têm verificado no custo da eletricidade em Portugal representam máximos históricos, e existe uma boa explicação para tal.

Entre os principais fatores, estão a subida do preço do gás nos mercados internacionais, necessário nas centrais elétricas e o aumento do preço dos direitos de emissão de dióxido de carbono, diretamente implicado na produção de energia elétrica. Deste modo, produzir eletricidade tornou-se um processo significativamente mais dispendioso.

Também o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que se arrasta desde 2014, viu uma intensificação em 2021 e 2022, com a movimentação militar de tropas russas na fronteira entre os dois países. No início ano, as tropas russas invadiram o território ucraniano, despoletando uma crise com consequências a nível mundial.

O aumento do preço da energia, nomeadamente do gás natural e do petróleo, é uma consequência direta de todos estes fatores, que contribuem para o aumento dos preços por toda a Europa e impactam gravemente o Mibel (Mercado Ibérico de Eletricidade, que determina os preços praticados em Portugal e Espanha) e, consequente, as famílias portuguesas.

Preço kWh em Portugal: qual a tendência?

Desde o último trimestre de 2021, o preço da eletricidade (aquisição) triplicou, alcançando valores nunca antes registados. A 8 de março de 2022, o Mibel negociou o preço do kWh em Portugal e Espanha a um valor sem precedentes de 0,54498€, equivalente a 544,98€ o MWh.

Em Portugal, no início de Abril, o preço vai voltar a subir em média 3%, com consequências diretas para as indústrias e para as famílias. Isto significa que numa fatura de 50€, por exemplo, o acréscimo será de 1,50€, afetando mais de 900 mil famílias em Portugal.

Os fornecedores do mercado livre para consumidores domésticos revelaram que nas próximas semanas vão atualizar os preços da eletricidade em linha com a tarifa regulada.
A ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) revelou que irá fazer uma nova avaliação do preço praticado dentro de 3 meses, abrindo margem para alterações.

Como é que o custo da eletricidade em Portugal afeta as famílias?

Para além do aumento do preço da eletricidade, também existem outros valores que desempenham um papel importante no orçamento familiar. Com o aumento do preço do kWh em Portugal, as indústrias são afetadas e aumentam também os preços dos produtos no comércio, nomeadamente bens alimentares, produtos essenciais, secundários e serviços.

Porquê aproveitar para investir na poupança de energia?

Em casa, tentar lutar contra estes aumentos só será possível com uma reorganização do quotidiano e com a implementação de novos hábitos de poupança de energia, que devem ser integrados o mais brevemente possível.

Gestos simples como a substituição de todas as lâmpadas por alternativas led, a utilização de máquinas de lavar a roupa a frio, com detergentes eficientes a baixas temparturas como o A+ Pó Hygiene, e com uma carga aproximada à máxima, a maximização do uso da luz e do calor natural e o cuidado em desligar luzes, aparelhos e extensões elétricas sempre que não forem necessários, poderão fazer toda a diferença no final do mês.

Este poderá também ser um bom pretexto para repensar as escolhas energéticas no lar, reavaliando a seleção de fornecedores, procurando investir no isolamento das casas, reorganizando os espaços para aproveitar ao máximo os recursos naturais, como a luz, o calor e o vento, e escolhendo equipamentos que ofereçam maior eficiência energética.

Enquanto este cenário prevalecer, mais do que nunca, a prioridade deverá ser economizar o máximo possível, tanto pela preservação do desafogo financeiro como pelo cuidado com o meio ambiente e a sustentabilidade do planeta.

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